Porto do Itajaí

Porto do Itajaí

O Porto de Itajaí é um complexo portuário brasileiro localizado no município de Itajaí, no estado de Santa Catarina. É o principal porto da região, sendo o segundo maior do país em movimentação de contêineres, atuando como porto de exportação, escoando quase toda a produção do Estado. Os principais produtos exportados são madeira, pisos cerâmicos, máquinas, açúcar, papel e fumo, e os principais produtos importados são trigo, produtos químicos, motores, têxteis, papel e pisos cerâmicos.

História

As obras do porto foram iniciadas efetivamente em 1938 com a construção do primeiro trecho de cais, em estrutura de concreto armado com 233 metros de comprimento, pátios pavimentados em paralelepípedos e o primeiro armazém. A complementação do cais, com mais 570 metros, foi feita na década de 1950, totalizando 803 metros. Os trabalhos foram divididos em duas etapas e se prolongaram até meados de 1956, ano em que também teve início a edificação do primeiro armazém frigorífico do Porto de Itajaí.
Em 1977 foi erguido o prédio administrativo do Porto e o terceiro armazém. Na década de 1980, verificou-se a necessidade, devido à deterioração de diversos pontos da estrutura do cais, e a Portobras, atendendo ao pleito da Administração do Porto, promoveu a reforma e recuperação completa do cais acostável.
Bem antes disso, em 1934, foi criado o Departamento Nacional de Portos e Navegação — ao qual o Porto de Itajaí era subordinado ―, que em 1943 recebeu a denominação Departamento Nacional de Portos, Rios e Canais, transformado em autarquia em 1963 e em Empresa de Portos do Brasil SA (Portobras) em 1975. O Porto de Itajaí foi considerado porto organizado em 1966 pelo decreto 58.780/66, que também criou a Junta Administrativa do Porto de Itajaí (Japi), responsável pela gestão e operação das atividades portuárias. A justificativa de organizar o porto era sua importância comercial e industrial no Vale do Itajaí e a necessidade de integrá-lo no sistema portuário nacional.
As operações do porto eram alavancadas pelas cargas de madeira, trazidas das regiões Oeste, Meio Oeste e Planalto de Santa Catarina e exportadas por Itajaí. Porém, no final dos anos 1960, o ritmo de extração da madeira começou a apresentar queda, revertendo a longa tendência de crescimento desde o início do século.
Após queda brutal nas exportações de madeira, o Porto de Itajaí teve que se adaptar ao novo padrão de crescimento da economia catarinense. No início dos anos de 1970, a grande indústria catarinense estava se preparando para conquistar e ampliar sua participação no mercado externo. Em âmbito nacional, o país estava engrenando num rápido crescimento econômico coordenado e orientado pelo Estado por meio do planejamento.
A partir daí o Porto de Itajaí passou a diversificar suas operações. Começou a operar cargas de açúcar, de produtos congelados e, logo em seguida, os contêineres, que hoje são o carro-chefe da movimentação. No mesmo período em que a circulação de cargas conteinerizadas se intensificou foi extinta a Portobras e a administração do porto foi atrelada à Companhia Docas de São Paulo (Codesp) em 1990.
A extinção da Portobras gerou uma nova crise nos portos brasileiros, transferidos então ao comando do Departamento Nacional de Portos e Hidrovias (DNPH), que não tinha recursos e atribuições definidas. Em Santa Catarina, além de Itajaí, o Porto de Laguna também era administrado pela Portobras. A solução temporária e paliativa para ambos veio em dezembro de 1990, com a transferência da administração para a Codesp.
Para solucionar os problemas e garantir o crescimento do Porto de Itajaí, a sociedade deflagrou uma luta pela municipalização da gestão administrativa, que resultou na delegação do Porto de Itajaí ao município pelo período de 25 anos, renovável por mais 25. A partir daí o município assumiu a gestão do Porto e, de acordo com a legislação em vigência, foi promovido o arrendamento do Terminal de Conteineres (Tecon) a empresa de propósito específico Terminal de Conteineres do Vale do Itajaí (Teconvi), hoje APM Terminals Itajaí. Isso possibilitou que o porto recebesse investimentos em equipamentos e modernização.
Além dos dilemas administrativos, o porto enfrentou duas grandes crises provocadas pela destruição parcial de sua estrutura por duas grandes enchentes, uma em 1983 e outra em 2008.
Em julho de 1983, o Vale do Itajaí foi assolado por uma das suas maiores enchentes em decorrência de um volume anormal de chuvas nas suas cabeceiras. Isto fez com que as águas do rio Itajaí-Açu, em direção a sua foz, viessem a aumentar descomunalmente sua vazão e, em decorrência disto, metade do cais do Porto de Itajaí foi destruída pela correnteza do rio.
Naquele ano, o cais foi reconstruído pela Cobrasil. A outra metade do atracadouro não foi atingida, mas sua estrutura tinha a mesma característica daquela que ruiu, mas um capricho do rio a fez resistir por 25 anos e 6 meses, até o final de novembro de 2008, quando a cidade de Itajaí e toda a região do Vale foram castigadas com chuvas intensas que sobrecarregaram os níveis dos rios Itajaí-Açu e Itajaí-Mirim, ocasionando uma grande enchente que acabou derrubando grande parte do cais do Porto de Itajaí.
Imediatamente o Governo Federal editou uma medida provisória que garantiu recursos da União para a reconstrução das cidades atingidas em Santa Catarina e, consequentemente, para a reconstrução do Porto de Itajaí. As obras de reconstrução foram concluídas em novembro de 2010.

Detalhes

Berços:7

Fonte: Página oficial do Porto do Itajaí.

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